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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A vida dos Bettas

Quando se pensa em criar Bettas , é ideal ter um aquário com capacidade para 16 litros (ou 40×20x20cm), onde deve ser colocado um areão médio com 2 centímetros. É aconselhada a colocação de algumas plantas, como a Sagittaria microfolia e a Ceratophillum demersum. Nesse aquário deverá ser colocado o macho, que ao estar pronto para a reprodução construirá um ninho de bolhas envoltas num muco bucal na superfície da água. Com o ninho pronto, coloca-se a fêmea e naturalmente o macho curvará seu corpo sobre a fêmea, abraçando-a com força para que a mesma solte os ovos e o macho possa fecundá-los, libertando seus espermatozóides na água.
Logo após a cúpula, a fêmea deve ser retirada do aquário e o macho então irá apanhar os ovos no fundo do aquário e irá colocá-los no ninho (Neste momento é aconselhado que se baixe a altura da água do aquário para dez centímetros para diminuir a pressão da mesma sobre os ovos) .Após 48 horas ocorre à eclosão dos ovos, ou seja, o nascimento dos filhotes que começam a nadar com cerca de 7 dias. Os alevins , são alimentados nos primeiros dia pelos nutrientes contidos no saco vitelino. Posteriormente, devem ser alimentados por infusórios (preparados com folhas de couve e gema de ovo seca pulverizada) ou até mesmo por comidas para alevins, encontradas em lojas especializadas. É importante que antes do cruzamento que os aquários do macho e da fêmea estejam “próximos” para que eles se vejam. Até se pode colocar dentro do aquário onde se encontra o macho , uma garrafa a boiar com a fêmea dentro. Outro ponto importante a se observar ,é que antes de juntar os dois no mesmo aquário, se repare se a fêmea está com o ventre inchado e algumas linhas verticais. Se assim for será a altura própria para se juntares mais informações em: http://akuakids.blogspot.com/2009/11/ciclideos-americanos.html

Indispensável saber:
Espécies
Criação de Habitats para Bettas
Como fazer um Bettario
Estudos de comportamento
Tratamentos
Estudos

Novas Especies

Ciclideos Americanos

Juntamente com os ciclídeos da América do Sul, Central e ciclídeos da América do Norte formam um grupo conhecido como Novo Mundo Cichlids. Quase todos os ciclídeos da América Central e América do Norte são os criadores do substrato monogâmico. Ao contrário dos ciclídeos sul-americanos, a maioria dos ciclídeos Central e América do Norte proveniente de uma única linhagem - os cichlasomas. Os ciclídeos Central e norte-americanos que não são originários do cichlasomas são encontrados no Panamá e, provavelmente, tendo aparecido na América do Sul e mais tarde chegado ao Panamá.

Na parte Central e na América do Norte habitam vários ambientes nestas grandes regiões.Têm naturalmente adaptado-se às diferentes condições e sua preferência vai variar quando se trata de químicos na água, temperatura etc. Comparado com ciclídeos da América do Sul, Central os ciclídeos da América do Norte mostram variações menores quando se trata de águas moles e ácidas. Na América do Sul encontram-se ciclídeos no blackwaters excepcionalmente suaves e ácidas, mas tais ambientes não existem na América Central e do Norte. Refira-se que comparativamente suave e águas ácidas podem ser encontrados na América Central e do Norte, mas a resistência e os níveis de pH são menos dramáticas do que noutra parte do mundo. Na América Central e América do Norte, vamos encontrar algumas águas que são extremamente duras e alcalinas.

Uma das espécies mais conhecidas do Banco Central e do grupo norte-americano é o ciclídeo , nigrofasciatus Acará. Este é um novato cichlid adequado para aquaristas sem nenhuma experiência anterior de ciclídeos, que é relativamente resistente e se adapta bem as condições da água diferentes. Eles também se reproduzem em aquários. Se se quiser manter um Acará Zebra devemos fornecer-lhe um aquário de pelo menos 100 litros . O nome de ciclídeos Convict é derivado de listras pretas encontradas neste peixe, que lembra as roupas listradas usadas pelos prisioneiros.Essas listras deram Archocentrus nigrofasciatus outro nome bem escolhido: Zebra cichlid.

Para os criadores mais experientes , o ciclideo managuense, Parachromis pode ser uma opção interessante. Este ciclídeo é um predador agressivo que pode atingir um tamanho de 55 centímetros .Vamos precisar de um aquário de pelo menos 540 litros para ele poder viver condignamente.Se tivermos um aquário maior ainda será muito mais fácil manter managuense Parachromis e também será mais fácil de encontrar companheiros de tanque adequados.O Managuense Parachromis nunca deve ser mantido com peixes pequenos, uma vez que será considerada presa.O Managuense Parachromis obteu uma reputação merecida como sendo impossível manter com outros peixes, mas isso não é verdade. Sim,o managuense Parachromis é um peixe agressivo e que, naturalmente, comem peixes pequenos, pois é um predador.Esta espécie coabita bem ,no entanto com outros ciclídeos grandes que se possam defender sozinhos. Devemos ter em atenção as fronteiras naturais quando decoramos o aquário, e criar um monte de diferentes locais de abrigo, onde o peixe pode ficar de fora da vista dos outros. Isto é extremamente importante se queremos produzir o managuense Parachromis e, portanto, manter um macho e uma fêmea juntos, pois o macho irá perseguir a fêmea.
E desta forma também devenos de ter , pedras de superficies lisas.Estas pedras serão limpas e servirão para a fêmea colocar os ovos.Cabe dizer que por vezes eles rejeitam estas pedras, acabando por retirar o areão de fundo , fazendo um ninho e colocam os ovos no vidro do aquário.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lagos Victoria, Tanganyika e Malawi

1 - Estes Ciclídeos têm a sua origem em várias regiões. Existem ciclídeos na África Ocidental, Oriental, nos rios africanos e nos chamados "Rift Lakes". O termo "Rift Lakes" aplica-se aos três principais lagos do continente africano: Lagos Victoria, Tanganyika e Malawi. Entre estes lagos rochosos, o que abriga o maior número de espécies é o Lago Malawi (mais de seiscentas espécies catalogadas - mas mais da metade já extintas). A maioria das espécies que habitam estes lagos são endêmicas, isto é, somente são encontradas no respectivo lago.1.1 - Características Gerais Ciclídeos do Lago Malawi pertencem a dois grupos distintos: Mbuna (peixes que habitam a parte rochosa do lago) e Non-Mbuna (todos os outros) - outros nomes associados a este último grupo são: Utakas e Haplochromis (Haps).Mbunas são menores, mais ativos e agressivos que os non-mbunas, são usualmente herbívoros, alimentando-se basicamente de algas rochosas e pequenos crustáceos. Os pricipais gêneros são: Pseudotropheus, Melanochromis, Labidochomis, Labeotropheus, Cynotilapia, Gephyrochomis, entre outros.Non-mbunas são menos agressivos (para os padrões dos ciclídeos africanos!) principalmente porque seus territórios não são tão pertos entre si e são menos definidos (por habitarem a parte mais aberta do lago); são maiores que os mbunas e são em sua maioria onívoros (alimentando-se de alevinos, pequenos invertebrados, plancton, etc). Os principais gêneros são: Aulonocara ("Peacocks"), Haplochromis ("Haps").Os ciclídeos do Lago Tanganyika são menores (6-10 cm) e menos agressivos que os do Malawi. Desovam no substrato, e alimentam-se de plancton, microcrustáceos e alevinos (micro-predadores e onívoros). Os principais gêneros são: Tropheus, Lamprologus, Neolamprologus, Julidochromis.No entanto, estas características são apenas generalizações, e certamente existem muitas excessões. Por exemplo, a Cyphotilapia do Lago Tanganyika atinge até 35 cm, e alguns shell-dwellers podem apresentar um comportamento agressivo comparável aos mbunas. E, ao mesmo modo dos ciclídeos do Malawi, existem Tangs predominantemente herbívoros, onívoros e predominantemente carnívoros.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Malawi Bloat

Os ciclídeos dos grandes lagos africanos são, sem dúvida, dos mais populares na aquariofilia. A grande diversidade de espécies, a variedade de cores e a complexidade de comportamentos, torna-os fascinantes de manter num aquário biótopo. Para além da sua beleza, outro factor que leva os amantes do hoobie a optar por biótopos destes lagos é a facilidade de manutenção, num aquário com as dimensões adequadas, e a sua reconhecida resistência a doenças. No entanto as espécies do género Tropheus (Lago Tanganyika), do grupo Mbunas (Lago Malawi) e algumas espécies do Lago Victoria têm um “Calcanhar de Aquiles” – Malawi Bloat.
O termo bloat, que significa inchaço, refere-se ao estado terminal do peixe quando infectado por apresentar o abdómen completamente inchado, sendo este o sintoma mais marcante e visível da doença. Este estado surge numa fase avançada da doença por incapacidade do peixe em controlar o seu mecanismo de osmosoregulação.
Malawi Bloat é uma doença do foro intestinal e afecta principalmente os peixes, que no seu habitat natural, têm uma dieta baseada em alimentos vegetais. São peixes que se alimentam principalmente de algas existentes nas zonas rochosas e pequenos crustáceos por lá existentes. Com esta dieta, o seu sistema digestivo é composto por um estômago pequeno e um intestino bastante alongado para lhe permitir tirar maior proveito da “alimentação relativamente pobre”. Mas isto torna-os vulneráveis a doenças intestinais.
Não existe consenso sobre o agente que provoca a doença e, dos estudos existentes, nenhum é conclusivo quanto a uma causa comum. Há estudos que levam a crer que a doença é provocada por uma bactéria - Clostridium difficile - mas não ficou provado de que seja esta que actua em todos os casos (Beverly Dixon, 1997). Outros defendem que a doença é despoletada por parasitas - Hexamita spp. e Cyrptobia iubilans – e mais tarde o oportunismo da bactéria -Aeromonas hydrophilia- destrói o sistema imunitário do peixe e se multiplica exponencialmente até o levar à morte (Francis-Floyd, 1999). Há ainda quem defenda que Malawi Bloat não é uma doença mas sim a forma como se manifestam no peixe infecções intestinais provocadas por bactérias, protozoários ou os dois, não existindo um único protozoário ou bactéria que possa ser apontado como causador da doença (Jason Selong).
Seja como for, Malawi Bloat não é uma miragem e não aparece apenas no “aquário dos outros” ou em aquários mal cuidados. Ela pode aparecer no nosso próprio aquário por mais zelosos que sejamos. Por isso convém estar alerta.
É o terceiro maior lago de África. As dimensões aproximadas são de 600 Km de comprimento e 85 Km de largura. A superfície do lago está 470m acima do nível do mar. No norte é extraordináriamente profundo: 700m, ficando bem abaixo do nível de mar, sendo um ecossistema de água doce único, albergando mais de 500 espécies endémicas de peixes.
No aquário, diversas situações favorecem o aparecimento da doença. Aquários mal cuidados, com elevados níveis de nitratos debilitam os peixes e deixa-os à mercê de todas as doenças. Por isso é fundamental que sejam efectuadas trocas parciais de água regulares de modo a manter os níveis de nitratos em valores não prejudiciais. Parâmetros incorrectos da química da água também deixam os peixes expostos a doenças. É portanto fundamental respeitar os valores do ph e gh existente nos lagos de origem. Aquários desequilibrados na escolha de espécies, onde existe grande conflitualidade entre os habitantes, é um factor de stress e o primeiro passo para o aparecimento de Bloat nos peixes mais sacrificados. No entanto, o principal factor que causa a “demoníaca doença” é a alimentação incorrecta. Falei uma vez com um aquariofilista, que mantinha os seus Mbunas num aquário de 2 metros, e me disse que os tinha junto com peixes de todo o tipo, incluindo um Oscar, lhe dava de tudo, sendo o granulado de Discus a comida base, reforçada com larvas de mosquito, e que eles estavam bonitos e saudáveis. Evitei fazer qualquer comentário a este procedimento pois não tinha bases científicas para lhe provar o contrário. Posso dizer que passado um mês me contactou de novo a informar que tinha perdido os Mbunas quase todos. Tenho também conhecimento de outro aquariofilista que esteve a sobrealimentar os seus Mbunas durante uma semana antes de sair para férias, com medo de eles passarem fome na sua ausência. No dia de sair os peixes estavam doentes. É portanto fundamental fazer uma alimentação regrada. Não sobrealimentar nem dar alimentos com alto teor de proteínas animais. Para além destes casos, sei de um aquariofilista muito zeloso do seu aquário, que não se enquadra em nenhuma das situações descritas acima, e que, quando se apercebeu, tinha alguns elementos de uma colónia de Tropheus encostados a um canto. Mesmo sem razões aparentes a doença pode aparecer.
Os sintomas da doença são fáceis de detectar desde que se observe diariamente os peixes com atenção, principalmente na hora das refeições. Primeiramente, um peixe com a doença, começa por ficar apático, refugia-se num canto e na hora da refeição procura a comida mas, ou nem lhe toca ou cospe-a. As fezes do peixe são esbranquiçadas e a respiração é ofegante. Nesta fase não há que hesitar tem de se iniciar logo o tratamento pois há grande probabilidade de sucesso na cura. Numa fase mais avançada o peixe já nem sai do seu canto para procurar a comida mas ainda é possível salvá-lo. Quando apresentar o abdómen inchado poucas hipóteses tem de sobrevivência.
Mais importante que o tratamento é a prevenção. No entanto, se a doença aparecer, tem de se passar ao tratamento. O medicamento certo para o tratamento da doença é o Metronidazol. Este medicamento pode ser comprado na farmácia com o nome de Flagyl. As marcas da especialidade também vendem medicamentos próprios para o tratamento de parasitas intestinais mas, no fundo, o princípio activo é o mesmo e apenas o preço é superior. O tratamento deve ser feito de forma diferente caso o peixe doente se esteja a alimentar ou não. No primeiro caso, a maneira mais fácil e mais eficaz de o tratar é fornecer-lhe o medicamento na alimentação. Deve desfazer-se uns “poses” de um comprimido, embeber na comida e deixar absorver. Vorazes como são, não haverá qualquer dificuldade que engulam o medicamento. Procede-se desta forma, pelo menos durante 5 dias, em todas as refeições, ou até os peixes doentes se mostrarem activos e saudáveis. Caso o peixe doente deixe de se alimentar o procedimento tem de ser diferente. O primeiro passo será recolhê-lo num aquário hospital. No aquário principal os peixes saudáveis deverão ser tratados do modo descrito acima pois a doença é contagiosa e por isso convém prevenir, tratando até os melhores. No aquário hospital deverão ser colocados todos os peixes que mostrem indícios de estar doentes e fazer-se um tratamento com Metronidazol complementando com um antibiótico cujo principio activo seja Nifurpinol, que pode ser adquirido nas lojas da especialidade com o nome de Baktopur Direct (da Sera) ou Myxazin (da Waterlife). Enche-se este aquário com água do aquário principal e desfaz-se nele, um comprimido de 250mg de Metronidazol, por cada 40 litros de água e adiciona-se o antibiótico na proporção indicada pelo fabricante. Deve-se elevar a temperatura gradualmente até aos 30ºC e colocar uma bomba a produzir oxigénio. No início é de evitar alimentar os peixes para não poluir a água. De 8 em 8 horas deve fazer-se uma troca parcial de água, de cerca de 50%, no aquário hospital, com água do aquário principal, e repor os medicamentos na proporção de água trocada. Este procedimento deve repetir-se durante pelo menos 5 dias ou até os peixes doentes voltarem a mostrar indícios de estarem saudáveis e a alimentarem-se podendo em qualquer altura passar a fazer-se o tratamento por via oral através da alimentação, como acima foi descrito.